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Evento do Instituto Logweb discutiu soluções para enfrentar situação econômica

22 de novembro de 2016

Evento - ILOG

Foi realizado na manhã do dia 22/11, em São Paulo, o evento “2017 – Crescimento Selvagem – Prepare-se!”, que abordou a importância de as empresas se prepararem para o tão esperado aumento da demanda, que virá após o período crítico da crise. Promovido pelo Instituto Logweb de Logística e Supply Chain, o encontro foi realizado no escritório Vigna Advogados Associados e reuniu executivos de diferentes segmentos.

Antonio Wrobleski, presidente do conselho do instituto e sócio-proprietário da AWRO Participações e Logística, ressaltou que a atual crise não vai passar tão cedo e que há falta de dinheiro, de capital de giro e de investimentos. Para enfrentar esse momento de dificuldade e se preparar para retomada, ele sugeriu a utilização de ferramentas de TI e outras que possam melhorar a gestão das empresas.

Na sequência, José Francisco de Lima Gonçalves, economista chefe do Banco Fator, fez uma análise do atual momento que o Brasil enfrenta e disse que a recessão já era possível de ser prevista em 2012. De acordo com ele, a situação de mercado ainda vai piorar e não há previsão de investimentos por parte do governo. A eleição do Trump, inclusive, vai mexer com o mercado. “A expectativa de crescimento para o ano é de 0%. Nossa esperança é a queda da taxa de juros, pois não há como enfrentar a concorrência externa devido às taxas de câmbio”, explicou.

Logo depois, Luiz Renato Martins Costa, assessor de educação da GS1, apresentou como a automação auxilia a alcançar a eficiência e a redução de custos, destacando os benefícios da tecnologia de radiofrequência. O profissional relatou o case da Brascol, considerado o segundo maior no mundo no setor de varejo quando se fala em automatização de processos. “Uma venda de 280 peças no processo antigo, utilizando o código de barra, demorava 50 minutos até chegar ao caixa para pagamento. A mesma venda de 280 peças utilizando RFID leva hoje 16 minutos, uma redução de 68% no tempo e realocação de 50% no efetivo”, contou.

José Soares, diretor comercial da Klabin, expôs o case de sucesso da empresa, que superou as dificuldades no passado, fechou alguns setores e se dedicou a outros, investindo, recentemente, 8,5 bilhões em uma unidade no Paraná para fabricação da celulose fluff. Essa matéria-prima, utilizada principalmente na produção de fraldas e absorventes, deve abastecer o mercado nacional, que ainda é dependente de importações. Com a nova fabrica, a Klabin dobrou sua capacidade de produção e tornou-se a única empresa do Brasil a oferecer, simultaneamente, celulose de fibra curta (eucalipto), de fibra longa (pínus) e fluff. Noventa por cento de toda a produção da companhia é exportada. “Nosso objetivo é alcançar 50% do mercado nacional”, disse Soares.

A relevância do mercado de Business Intelligence e Analytics foi apresentada por Rodrigo Segalla Uehara, sócio-diretor de Tecnologia da IN – Inteligência de Negócios. Ele contou que extrair e normatizar os dados gerados pela empresa permite uma visão mais completa do próprio negócio. “Mas não adianta ter conhecimento sem ações, é preciso da prática”, disse. A empresa oferece, entre outras soluções, o QlikView, software que possibilita ao usuário saber como tomar decisões mais rápidas e inteligentes, conectando diretamente a demanda e as operações de produção e reabastecimento.

A organização dos contratos é outro fator que deve ser levado em consideração quando se fala em melhorar os processos, conforme explicaram Paulo Vigna, sócio-proprietário do escritório Vigna Advogados Associados, e Ana Gabriela Malheiros de Oliveira, sócia da área Consultiva & Contratual. Para auxiliar nesse processo, foi desenvolvido o Legal Control, sistema que possibilita, de acordo com os interesses e prioridades, a inserção de informações que serão objeto de gestão e estão estabelecidas em cada contrato. Ana Gabriela disse que a solução foi pensada e criada de forma a atender interesses jurídicos, administrativos e comerciais. “Dentro do crescimento selvagem, é fundamental que as empresas pensem nisso”, acrescentou Paulo.

Em seguida, João Alfredo, sócio-fundador da consultoria de informática Corpflex, abordou a governança corporativa como alavanca do crescimento, pois ela envolve gestão de riscos e de pessoas, criação de valor e estratégia, entre outros fatores, imprescindíveis para qualquer companhia. “Vale salientar que é preciso uma boa estratégia executada a partir do budget, corrigido mês a mês”, destacou. João citou que as principais “dores” do mercado são reduzir custos, melhorar processos e produtividade, aumentar as vendas e investir em inovação e transformação digital. “Sem a informatização, 40% das empresas estarão fora do mercado. É preciso olhar a cadeia produtiva inteira e usar a tecnologia a favor”, disse.

Finalizando, Edilaine Cristina, sócia-diretora da VignaTax, especializada em gestão de negócios, consultoria tributária e profissional, falou sobre a importância do planejamento tributário para a sustentabilidade das empresas. “É uma possibilidade de redução de custos e melhoria da lucratividade. Num ambiente de elevada carga tributária, torna-se indispensável para qualquer tipo de negócio”, frisou.

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