Um dos poucos segmentos do Brasil a não sentir os efeitos da crise, o setor farmacêutico exige uma logística especializada para dar vazão à demanda atual e viabilizar seu crescimento. O aumento da expectativa de vida dos brasileiros, por exemplo, é um índice que indica o potencial crescimento da área – mas que só será possível com logística feita por “não amadores”. A cadeia de suprimentos farmacêutica não permite índices de ruptura e erros no transporte, armazenagem, além de cuidados com custos e riscos intrínsecos às operações.
O cenário atual abre espaço para que distribuidores do ramo ampliem seus negócios, já que o comércio global na saúde aumenta em ritmo acelerado e as cadeias de suprimentos precisam acompanhar esse passo – não só em tamanho, mas em complexidade.
Flexibilidade e eficiência são fundamentais. Um nicho importante, que não pode ser esquecido, é o das farmácias de pequeno porte, localizadas no interior dos estados. Do total de 72 mil farmácias do país, 80% são pequenas e médias. Desta forma, reduzir os custos operacionais e manter a qualidade de entrega para esse público torna-se a bola da vez no setor.
O distribuidor logístico desempenha papel essencial ao ficar responsável por encontrar formatos capazes de agilizar entrega sem gerar aumento de preço para o consumidor final. Disponibilizar entregas rápidas ou em pequenos pedidos torna-se um desafio a ser alcançado. É necessário não só que os medicamentos cheguem aos pacientes, mas que cheguem em boas condições. Além disso, a indústria farmacêutica é altamente regulamentada e está sujeita a controles rigorosos, que devem ser cumpridos à risca.
Surge assim, a logística farmacêutica como fator fundamental para geração de valores na cadeia. E o desenvolvimento de soluções customizadas aparece como necessidade constante para garantia de exatidão na entrega.
Marcos Avelar
Sócio-proprietário da One Medicamentos, especializada na logística farmacêutica.
