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Martins fecha o semestre com 60% de aumento nas vendas

17 de agosto de 2016

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Mesmo em meio à retração do mercado interno, o Grupo Martins conseguiu aumentar em até 60% suas vendas em serviços de logística internacional no primeiro semestre do ano. Esse resultado se deve ao incremento dos processos de exportação, somado à oferta de projetos integrados de logística, em que estão incluídos todos os serviços da cadeia de comércio exterior; do desembaraço aduaneiro e Siscoserv, passando por transporte, agenciamento de carga, armazenagem e até consultoria tributária.

“Sentimos muito o impacto da redução do mercado interno no início do ano. Não perdemos clientes, mas o volume de serviços diminuiu bastante em todas as áreas em que atuamos, exceto nas exportações”, comenta Lourival Martins, presidente do Grupo Martins. A saída foi repensar a venda dos serviços, levando valor agregado e redução de custo para o cliente. “Com a crise, as empresas são mais criteriosas, dão muito mais atenção a custos e benefícios, querem estar mais focadas no seu negócio. E logística dá muito trabalho. Nesse contexto, investir um projeto integrado de logística é mais vantajoso do que adquirir serviços em separado”, explica Lourival.

A mudança de estratégia teve boa receptividade do mercado e a Martins conquistou novos clientes. O grupo fechou contratos com empresas como Hengtong Cables, Ásia Shipping, Mitsuo Soko Group-MSE, Sogitz , C&C, Lacoste, Marfrig, Makita Ferramentas, Alicante, Ouro Fino, entre outras. “Nosso diferencial têm sido mostrar ao importador e ao exportador que podemos cuidar de toda a logística dele, “door to door”, incluindo a armazenagem e a distribuição. Com redução de custos e eficiência”, garante o presidente do grupo.

EXPORTAÇÕES
O bom desempenho das exportações brasileiras no primeiro semestre deste ano refletiu positivamente no resultado do Grupo Martins no período. Os processos de vendas internacionais cresceram cerca de 50% em seis meses. “O dólar alto continua a ser o grande motivador das exportações. Existe um grande número de empresas que estão vendendo pela primeira vez no mercado internacional, muitas delas pequenas e médias”. Para Lourival essa tendência não se sustenta apenas no câmbio favorável. “A questão agora é buscar qualidade e preço para quando o dólar cair, essas empresas continuarem exportando. A competitividade não pode estar apenas na vantagem cambial”, analisa.

IMPORTAÇÕES
O primeiro semestre foi cruel para os importadores. A Martins sentiu esse revés na sua carteira de clientes, com uma redução de aproximadamente 40% nos processos de importação feitos no período. “É uma bola de neve. Desemprego e queda de vendas no comércio, a indústria diminui a produção e cancela as importações, principalmente de máquinas e equipamentos. E com o dólar em alta, a importação também deixa de ser um atrativo”.

O presidente do Grupo Martins acredita, contudo, que a tendência no segundo semestre é o mercado voltar a importar, na medida em que o dólar começar a cair e o empresariado nacional recuperar a confiança e retomar os investimentos. “Temos clientes que estão preparados para reiniciar as importações em escala maior, se o dólar cair para R$ 3,00. Vamos torcer para que isso se torne realidade, porque será um sinal concreto de que a economia entrou em processo de recuperação”, diz Lourival.

AGÊNCIAMENTO DE CARGA
Mesmo com os preços de fretes marítimos em alta, a Martins conseguiu obter no período um bom desempenho neste segmento. “Os armadores querem recuperar os baixos preços do início do ano, mas como trabalhamos com grandes volumes de cargas, conseguimos boas negociações o que nos dá competitividade e redução de custos para nossos clientes”, explica, acrescentando que mesmo com o mercado em baixa, o grupo ainda mantém um volume considerado de movimentação de carga. O agenciamento de carga é uma área em que a empresa atua diretamente desde o final do ano passado – antes era um serviço terceirizado – e já representa 25% do faturamento global.

ARMAZENAGEM
O volume de carga movimentado pelo Grupo Martins permitiu outra diferenciação nessa época de crise. Com os armazéns alfandegados praticamente vazios pela queda das importações, a companhia se adiantou e firmou parcerias que permitem aos importadores e exportadores armazenarem nessas áreas com redução de custo considerável. “Fizemos isso principalmente no Porto de Santos, por onde passa a maior parte dos produtos importados e exportados do país. Essa negociação nos coloca na dianteira, quando o mercado voltar a aquecer. Teremos as melhores condições de armazenagem”, prevê Lourival.

Dentro do projeto integrado de logística está o armazém geral do Grupo localizado na cidade de Poá, São Paulo. “O importador não precisa pagar ICMS no envio da carga para o armazém geral. Nós ainda disponibilizamos uma área de manuseio, e de lá o cliente pode vender a sua mercadoria. A Martins cuida de toda a logística internacional e da distribuição”, afirma.

DISTRIBUIÇÃO E TRANSPORTE
Uma frota de quase 100 veículos próprios é muito bem utilizada na estratégia de driblar a crise oferecendo ao mercado um serviço de logística diferenciado, eficiente e de baixo custo para o cliente. “Temos gerenciamento de toda a cadeia logística em nossas mãos, o que nos permite equalizar preços, obter boas negociações de custo e realizar um serviço just in time para o cliente”, avalia.

Lourival destaca que a frota própria permite uma gestão mais eficiente e ágil da logística door to door. “Começamos a mostrar esse diferencial para o mercado e o resultado tem sido positivo, com o crescimento da venda dos nossos serviços”, reitera.

Confiante na recuperação do mercado até o final do ano, o profissional já vislumbra um resultado não tão ruim para o grupo neste ano. “Eu achava que seria muito difícil manter o mesmo faturamento do ano passado. Mas se essa tendência de aumento nas vendas se mantiver, posso arriscar um crescimento de 10% no nosso resultado. O que seria uma enorme façanha diante de um ano tão difícil para os negócios e para o comércio exterior”, pondera.

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